Os produtos químicos (incluindo os bioquímicos) que apresentam atividade farmacológica são considerados farmoquímicos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em tradução direta da expressão inglesa active pharmaceuticals ingredients (APIs), oficializou a expressão insumos farmacêuticos ativos (IFAs) para designar os farmoquímicos. A expressão princípios ativos (para medicamentos) é também usada como sinônimo de farmoquímicos. O uso duplo da palavra fármaco, usada ora para designar farmoquímicos, ora para designar medicamentos, justifica-se, pois, segundo o Dicionário Aurélio, ela se origina de duas palavras gregas muito semelhantes: phármakon (medicamento) e phármacon (substância química usada como medicamento).

Os farmoquímicos, para ilustrar a abrangência do termo, podem ser obtidos por processos extrativos, nos reinos animal (ex. heparina), mineral (ex. cloreto de sódio) e vegetal (ex. rutina). Podem, ainda, ser obtidos por síntese química (ex. omeprazol), por processos biotecnológicos clássicos, como fermentativos (ex. penicilina) e enzimáticos (ex. amoxicilina). Podem ser obtidos ainda por processos biotecnológicos modernos (ex. alfainterferona).
Radiofármacos (agentes radioativos) são produtos químicos (farmoquímicos ou não) que têm na sua composição um radionuclídeo e são utilizados para diagnóstico e tratamento de várias doenças, particularmente em vários tipos de câncer.
Os adjuvantes farmacotécnicos são produtos químicos que, embora sem ação farmacológica, são usados para a elaboração de formas farmacêuticas que carreiam os farmoquímicos para os organismos a que se destinam (humano ou veterinário). Esses adjuvantes farmacotécnicos são também chamados de insumos farmacêuticos não ativos ou excipientes.
Fonte: Dicionário de Substâncias Farmacêuticas Comerciais
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