quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Nanocurativo flexível dura até seis dias

Curativos colam bem em partes mais planas do corpo, mas não ajudam muito quando se trata de proteger lugares como entre os dedos das mãos e dos pés, por exemplo.

E, sobretudo para vítimas de queimaduras, proteger esses locais contra infecções é fundamental.

A solução está vindo por meio da nanotecnologia.

Yosuke Okamura e seus colegas da Universidade de Tokai (Japão) criaram nanofolhas de um poliéster biodegradável chamado poliácido L-láctico.

Os revestimentos ultrafinos, que os cientistas chamam de nanofolhas, colam sozinhos nas partes mais difíceis de proteger, nos contornos do corpo.

O nanocurativo foi fabricado colocando o material biodegradável em um recipiente com água e agitando-o até romper suas fibras.

Quando o líquido resultante foi despejado em uma superfície plana, os minúsculos fragmentos se uniram de forma parecida com uma colcha de retalhos. Bastou então deixá-los secar e estava pronto o nanocurativo.

Nanocurativo

As nanofolhas foram capazes de evitar as infecções mesmo nos minúsculos contornos internos dos dedos de camundongos.

O curativo protegeu os ferimentos contra a infecção por três dias consecutivos.

Com um revestimento adicional, as bactérias foram mantidas fora do ferimento por um total de seis dias.

Isto significa que o material, se vier a ser aprovado para pacientes humanos, poderá reduzir o número de vezes que os curativos precisam ser trocados.

Com um olho em testes clínicos em humanos, os pesquisadores estão planejando testes em animais de grande porte e testes de biossegurança.

Fonte: Diário da Saúde

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