A psicoterapia - e não a medicação - é o melhor tratamento para o Transtorno de Ansiedade Social.
A conclusão é de um grande estudo liderado por Evan Mayo-Wilson, da Universidade Johns Hopkins (EUA).
Outros estudos já haviam concluído que antidepressivos sem terapia não têm efeito.
Embora os antidepressivos sejam o tratamento mais usado para o transtorno de ansiedade social, ou fobia social, a equipe do Dr. Evan afirma que a terapia cognitivo-comportamental (TCC) é mais eficaz.
E, ao contrário da medicação, a terapia pode ter efeitos de longa duração após o término do tratamento, enquanto os antidepressivos podem apresentar problemas de dependência.
Fobia social
O Transtorno de Ansiedade Social é uma condição psiquiátrica ou psicológica caracterizada por medo intenso e fuga de situações sociais. Dados dos EUA e da Europa indicam que a condição afeta até 13% da população.
Segundo os pesquisadores, a maioria das pessoas não procura tratamento para a fobia social.
Para aqueles que o fazem, a medicação é o tratamento mais acessível porque existe uma escassez de psicoterapeutas treinados.
Mas este é o caminho errado, diz o Dr. Evan.
"A ansiedade social é mais do que apenas a timidez," explica ele. "A boa notícia do nosso estudo é que a ansiedade social é tratável. Agora que sabemos o que funciona melhor, é preciso melhorar o acesso à psicoterapia para aqueles que estão sofrendo."
Terapia cognitivo-comportamental
Os pesquisadores compararam vários tipos diferentes de terapia e concluíram que a TCC individual (terapia cognitivo-comportamental) é a mais eficaz.
A TCC é uma forma de tratamento que se concentra na relação entre pensamentos, sentimentos e comportamentos. Ela ajuda as pessoas a desafiar medos irracionais e superar a sua evitação de situações sociais, disse o Dr. Evan.
Embora reconheçam os efeitos dos antidepressivos mais utilizados - inibidores seletivos da recaptação da serotonina (SSRIs) - os pesquisadores alertam que a medicação pode ser associada com eventos adversos graves, que podem não ter qualquer efeito para muitas pessoas e que as melhorias nos sintomas não perduram depois que os pacientes param de tomar os comprimidos.
Fonte: Diário da Saúde
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