sábado, 18 de outubro de 2014

Carência de vitamina D aumenta risco de esquizofrenia?

Os indivíduos com carência de vitamina D são duas vezes mais propensos a serem diagnosticados com esquizofrenia comparativamente com aqueles que têm níveis normais desta vitamina, sugere um estudo publicado no “Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism”.


A vitamina D ajuda o organismo a absorver cálcio e é necessária para a saúde óssea a e muscular. A pele produz naturalmente esta vitamina após a exposição solar. As pessoas podem também obter pequenas quantidades desta vitamina através de alimentos como o leite enriquecido com vitamina D. Estima-se que mais de 1 bilhão de indivíduos em todo o mundo tenha níveis deficientes desta vitamina devido a uma baixa exposição solar.

A esquizofrenia é uma doença mental caracterizada por delírios e alucinações. Uma vez que esta patologia é mais frequente em latitudes altas e climas frios, os investigadores colocaram a hipótese de a vitamina D estar associada à doença.

Neste estudo, os investigadores da Universidade Isfahan, no Irã, fizeram uma revisão bibliográfica de 19 estudos observacionais que tinham avaliado a relação entre a vitamina D e a esquizofrenia. Estes trabalhos analisaram os níveis de vitamina D e a saúde mental de 2.804 indivíduos. Os níveis desta vitamina foram determinados através de análises ao sangue. 

O estudo apurou que os pacientes com esquizofrenia apresentavam níveis significativamente mais baixos de vitamina D no sangue, comparativamente com os indivíduos do grupo controle, uma diferença média de -5,91ng/ml. Foi verificado que comparativamente com indivíduos com níveis suficientes de vitamina D, os que tinham níveis baixos desta vitamina apresentavam um risco 2,16 vezes maior de serem diagnosticados com esquizofrenia. Os investigadores observaram ainda que 65% dos participantes com esquizofrenia tinham níveis baixos de vitamina D.

A comunidade científica tem, nos últimos tempos, focado a sua atenção nos potenciais efeitos da vitamina D em doenças como a diabetes, cancro, patologia cardíaca e depressão. “Os nossos achados apoiam a teoria de que a vitamina D pode ter um impacto significativo na saúde psiquiátrica”, revelou, em comunicado de imprensa, Ahmad Esmaillzadeh.

Contudo, na opinião do investigador são necessários mais estudos para determinar como o problema da carência da vitamina D poderá afetar a saúde no seu todo.

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