quarta-feira, 2 de julho de 2014

Como espiritualidade e religião influenciam a saúde

A religião e a espiritualidade têm influências distintas, mas complementares, sobre a saúde das pessoas.
O problema é que dificilmente os pesquisadores dessa questão se entendem sobre o que é religião e o que é espiritualidade, e quais os efeitos que os diversos caminhos espirituais proporcionam em termos de saúde física.

A Dra. Carolyn Aldwin, da Universidade Estadual de Oregon (EUA), está tentando colocar os pingos nos is, propondo uma teoria para dirigir os trabalhos na área.

"A religião ajuda a regular o comportamento e os hábitos de saúde, enquanto a espiritualidade regula suas emoções, como você se sente," propõe ela.

Essa proposta representa um novo modelo teórico que define dois percursos distintos que as pessoas tomam em busca do bem-estar.

Efeitos da religião e efeitos da espiritualidade

A religiosidade, incluindo a afiliação religiosa formal a uma instituição e a participação nas cerimônias religiosas, está associada a melhores hábitos de saúde, tais como taxas de tabagismo mais baixas e redução do consumo de álcool.

Já a espiritualidade, incluindo a meditação e a oração pessoal, ajuda a regular as emoções, o que melhora efeitos fisiológicos como a pressão arterial e protege contra a depressão.

Aldwin e seus colegas estão trabalhando para tentar compreender e distinguir essas conexões benéficas entre saúde, religião e espiritualidade.

O objetivo é tentar descobrir, por exemplo, qual é o "ingrediente secreto" das religiões que torna as pessoas felizes, algo já demonstrado por outras equipes.

"Ninguém havia revisado ainda todos os diferentes modelos de como a religião afeta a saúde," disse Aldwin. "Nós estamos tentando impor uma estrutura em um campo muito confuso."

Segundo ela, mais pesquisas são necessárias para testar esta nova teoria e examinar os contrastes e os resultados efetivos de cada uma das duas vias sobre a saúde de um número maior de pessoas.

Uma teoria bem aceita sobre o tema poderá ajudar os pesquisadores a desenvolver medidas melhores para analisar as conexões entre religião, espiritualidade e saúde e, em seguida, explorar possíveis intervenções clínicas.

Fonte: Diário da Saúde

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