Investigadores americanos descobriram que a agressividade do cancro da próstata está associada com a acumulação de um composto produzido quando o colesterol é metabolizado nas células, dá conta um estudo publicado na revista “Cell Metabolism”.
Através de estudos realizados em ratinhos e linhas celulares, os investigadores da Universidade de Purdue, nos EUA, constataram que a depleção do composto éster de colesteril reduzia significativamente a proliferação das células do cancro da próstata.
“O nosso estudo fornece novas formas de diagnosticar o cancro da próstata agressivo. Adicionalmente, demonstramos que a depleção do éster de colesteril impede que o cancro da próstata se torne agressivo”, referiu, em comunicado de imprensa, o líder do estudo, Ji-Xin Cheng.
Na opinião dos investigadores, estes resultados fornecem bases biológicas que apoiam o efeito benéfico dos fármacos capazes de reduzir os níveis de colesterol na agressividade do cancro da próstata. É também sugerido que o éster de colesteril pode ser considerado um potencial alvo terapêutico para o tratamento do cancro da próstata em estágio avançado.
“Os nossos resultados sugerem que a acumulação deste composto pode ser utilizada para obter uma previsão mais precisa da agressividade do cancro da próstata, caso estes sejam validados em estudos de maiores dimensões”, revelou, em comunicado de imprensa um dos coautores do estudo, Timothy Ratliff.
Os investigadores constataram que a acumulação do éster de colesteril, que ocorre apenas nas células cancerígenas da próstata em estágio avançado, bem como nas suas metástases, é resultante da perda de um gene supressor do cancro o PTEN e da ativação de uma via metabólica celular que promove o crescimento tumoral.
O estudo demonstrou ainda que alguns dos fármacos anteriormente desenvolvidos para o tratamento da aterosclerose, mas cujos ensaios clínicos não avançaram uma vez que estes mostraram não ser eficazes na redução das placas de gordura, podem agora ser utilizados no tratamento do cancro da próstata em estádio avançado.
Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.
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