É caracterizada a diarreia quando há perda de consistência das fezes, que passam a apresentar um aspecto aguado ou líquido, e o aumento do número de evacuações, ou seja, de “idas ao banheiro”. O mal estar pode ser causado por diversas razões e é dividido em dois tipos: diarreia inflamatória e diarreia não inflamatória.
As diarreias inflamatórias são mais incômodas e mais comuns. Geralmente aparecem seguidas de muita dor abdominal e urgência para defecar. Entre as causas possíveis estão o consumo de água contaminada, de verduras e leguminosas mal lavadas, de frituras, de leite, de frutas cruas e o uso de antibióticos, entre outros motivos.
As diarreias inflamatórias podem causar febre e o aparecimento de sangue nas fezes. Em casos mais graves também pode ocorrer desidratação. Como crianças e idosos têm mais facilidade em se desidratar são necessários maiores cuidados e imediata reposição da água perdida. De acordo com a gastroenterologista pediátrica do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Raquel Borges Pinto, é recomendável levar a pessoa com diarreia para o hospital quando se ela apresentar sinais de desidratação.
Em relações às crianças, a médica orienta que os familiares observem se houve perda constante de líquidos, através de vômito ou defecação, ou outros fatores. “Se a criança ficar calada ou inquieta demais e se houver redução da saliva ou choro sem lágrima pode ser sinal de desidratação” explica. A médica ressalta que todas as pessoas devem manter uma alimentação adequada durante um quadro de diarreia. Em casos de bebês em período de amamentação não deve ser suspenso o aleitamento materno.
Já as diarreias não inflamatórias são, em maioria, decorrentes da ingestão de substâncias que o organismo não consegue absorver completamente. Ela geralmente é líquida e sem aparecimento de sangue nas fezes. Esse tipo de diarreia pode ocorrer após o uso de laxantes, consumo exagerado de doces, ou por intolerância alimentar. A médica Ana Regina Ramos, gastroenterologista pediátrica GHC, explica que pessoas com intolerância a glúten ou lactose podem ter diarreia ao ingerirem produtos que contenham trigo, centeio, cevada e leite. Outros fatores também podem desencadear o problema. “Gorduras não absorvidas ou ingestão demasiada de alguns alimentos também causam diarreia”, completa Ana Regina Ramos.
Algumas dicas para evitar a diarreia:
- Aumentar a ingestão de líquidos. Ter atenção para não usar nem beber água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados;
- Lavar bem as mãos e também todos os utensílios que entrem em contato com a comida, tais como pratos, talheres, balcão, etc.
- Cozinhar bem os alimentos e, se possível, consumi-los ainda quentes. Na hora de guardar os alimentos, utilizar refratários limpos e que estejam bem tampados;
- Evitar a ingestão de alimentos crus. Hortaliças e verduras, por exemplo, deverão ser bem lavadas;
- O aleitamento materno exclusivo até o sexto mês é fundamental para aumentar as fontes de defesas nos organismos das crianças. Manter as vacinas das crianças em dia também previnem infecções;
- Evitar excesso de açúcares, de sal (sódio), leite e alimentos gordurosos.
Fonte: Blog da Saúde