terça-feira, 30 de julho de 2013

Mal de parkinson, doença degenerativa que causa tremores e lentidão

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem mal de Parkinson, doença degenerativa neurológica que pode agir de maneira silenciosa. Só no Brasil, estima-se que cerca de 200 mil pessoas sofram com o problema. A cura ainda não foi alcançada, mas há estudos em nível experimental sobre o tratamento com células tronco.

A doença é causada pela deterioração de neurônios dopaminérgicos da substância negra cerebral e também pelo comprometimento de outras regiões, como o núcleo dorsal do vago, sistema olfatório e alguns neurônios periféricos. Fatores genéticos também devem ser considerados, principalmente em casos precoces (antes dos 50 anos), que são mais raros.

O corpo fala 

A neurologista e neurogeriatra do Hospital Federal da Lagoa (HFL), Tamara Checcacci, diz que o mal de Parkinson é caracterizado basicamente por tremor de repouso, tremor nas extremidades, instabilidade postural, rigidez de articulações e lentidão nos movimentos. “Há também outros sintomas não motores, como a diminuição do olfato, distúrbios do sono, alteração do ritmo intestinal e depressão”, explica.

Para diagnosticar o problema, é preciso estar atento. “A doença pode iniciar entre 10 e 15 anos antes dos sintomas se evidenciarem”, explica a médica. Quem apresenta tremores deve procurar ajuda médica, pois eles também podem ser causados por outros motivos e por efeito colateral de alguns medicamentos. A constatação do problema é feita por exames neurológicos e pela avaliação do histórico do pacientes. Inicialmente, a ressonância magnética e a tomografia podem ser realizadas com o intuito de descartar outras doenças. Feito isso, é hora de partir para os radiotraçadores PET e SPECT, que avaliam a função dos neurônios dopaminérgicos.

Pensando em qualidade de vida

Caso a doença seja constatada, o tratamento deve ser feito à base de medicamentos. Mas para Tamara, o paciente deve se atentar também a alternativas. “Atividade física, fisioterapia, tratamento fonoaudiológico, suporte psicológico e familiar são essenciais”. Quando o parksoniano não responde bem aos medicamentos prescritos, outra solução é a cirurgia. Tratamentos com estimuladores cerebrais profundos também têm sido promissores, segundo a neurologista.

Fonte: Comunicação Interna do Ministério da Saúde