Um dos componentes presentes na clara do ovo poderá ter um efeito benéfico na redução da pressão arterial, dá conta um estudo apresentado no 245th National Meeting & Exposition of the American Chemical Society.
"Temos provas laboratoriais que um dos peptídeos presentes na clara de ovo reduz a pressão arterial tanto quanto uma dose baixa de captopril, um medicamento utilizado no tratamento da pressão arterial elevada", revelou em comunicado de imprensa, o líder do estudo Zhipeng Yu.
Neste estudo, os investigadores da Jilin University, utilizaram um peptídeo denominado por RVPSL, que já tinha provado ser, tal como os outros medicamentos para o tratamento da pressão arterial, um inibidor da enzima conversora da angiotensina, uma substância produzida pelo organismo que aumenta a pressão arterial.
Através de estudos realizados em ratinhos com pressão arterial elevada, os investigadores verificaram que o RVPSL não apresentava efeitos tóxicos e diminuía a pressão arterial de uma forma comparável a um dos fármacos utilizados no tratamento desta condição.
“Os nossos resultados apoiam os achados anteriores, sendo suficientemente promissores para testar os efeitos do peptídeo na saúde humana”, referiu o investigador.
Zhipeng Yu acrescenta que o peptídeo utilizado foi aquecido quase até aos 93ºC, uma temperatura inferior à habitualmente utilizada na preparação dos ovos. Contudo, outros estudos já tinham demonstrado que a clara do ovo retém os seus efeitos benefícios na pressão arterial mesmo após ter sido cozida.
De acordo com o investigador os peptídeos da clara do ovo, tanto em ovos como em suplemento, poderiam ser complementos úteis à toma dos anti-hipertensores. No entanto, os indivíduos com esta condição devem se aconselhar com o seu médico antes de fazerem qualquer tipo de alteração.
Apesar de ser um dos alimentos a evitar na adoção de uma dieta saudável, os estudos recentes têm indicado que as pessoas podem comer ovos sem elevar os níveis da pressão arterial, beneficiando de um alimento baixo em calorias, rico em proteínas, vitaminas e outros nutrientes.
Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.