segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Coração é recuperado após infarto com gel injetável


Reconstrução do coração

Cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA) criaram um hidrogel capaz de reparar danos ao coração gerados por ataques cardíacos.

O hidrogel, que é injetável, induziu não apenas o crescimento dos tecidos do músculo cardíaco, como também dos vasos sanguíneos, restabelecendo em grande parte o funcionamento normal do coração.

O gel é injetado através de um catéter, sem exigir uma cirurgia e nem anestesia geral, um processo menos invasivo e com menor risco para o paciente.

"Nossos dados mostram que o hidrogel pode aumentar o músculo cardíaco e reduzir cicatrizes na região danificada pelo ataque do coração, impedindo a insuficiência cardíaca. Estes resultados sugerem que esta pode ser uma terapia minimamente invasiva para prevenir a insuficiência cardíaca após um ataque de coração em humanos," disse a Dra Karen Christman, coordenadora do estudo.

O gel forma uma estrutura parecida com um andaime nas áreas danificadas do coração, servindo de suporte para o crescimento de novas células cardíacas.
Como o gel é feito a partir de tecido cardíaco retirado do coração de suínos, o coração danificado responde positivamente, "criando um ambiente harmonioso para a reconstrução", em vez de desencadear uma sucessão de eventos adversos pelas defesas do sistema imunológico, disse a pesquisadora.

Coração pasteurizado

O hidrogel foi fabricado a partir do tecido conjuntivo cardíaco, do qual são retiradas as células do músculo cardíaco através de um processo de limpeza.

O tecido é liofilizado e moído até formar um pó, e então liquefeito na forma de um fluido que pode ser facilmente injetado no coração.

Assim que ele atinge a temperatura corporal, o líquido transforma-se em um gel semi-sólido e poroso, que encoraja as células a repovoar as áreas de tecido cardíaco danificadas.

Os testes em porcos já foram concluídos. Esta é a última etapa antes do teste em humanos, que começará na Europa ainda neste ano.

Fonte: Diário da Saúde