Investigadores
americanos descobriram um novo fármaco capaz de reduzir significativamente os
níveis de colesterol LDL ou “mau“ colesterol, refere um estudo publicado na
revista “Lancet”.
Os
indivíduos com colesterol elevado tomam habitualmente um fármaco utilizado para
tratar este tipo de condição, as estatinas. Contudo, nem todas os pacientes
conseguem reduzir eficazmente os níveis de colesterol LDL ou “mau“ colesterol,
pois o seu organismo é incapaz de tolerar ou de responder eficazmente a este
fármaco.
Para
testar o efeito de um novo fármaco, o AMG 145, os investigadores do Brigham and
Women's Hospital, nos EUA, contaram com a participação de 631 pacientes com
colesterol elevado, que tinham entre 18 a 80 anos e que estavam a ser
submetidos a um tratamento com estatinas.
O
AMG 145 é um anticorpo monoclonal que se liga a uma proteína envolvida na
destruição dos receptores do colesterol LDL. Como consequência, há um aumento
deste tipo de receptores na superfície das células do fígado, o que ajuda a
remover o colesterol LDL da corrente sanguínea.
Aos
participantes foi administrado subcutaneamente, a cada duas ou quatro semanas,
durante um total de 12 semanas, seis doses diferentes de AMG 145 e os respectivos
controles. O estudo apurou que, em comparação com a toma do placebo, a
administração do anticorpo, a cada duas semanas, conduziu ,de uma forma dose
dependente, a uma redução do nível de colesterol LDL de 42 para 66%, ao fim das
12 semanas. Para os pacientes que tomaram o fármaco cada quatro semanas houve
uma redução, dose dependente, de 42 para 50% ao fim do mesmo tempo de
tratamento.
Os
investigadores verificaram que a administração, a cada duas semanas, da dose
mais elevada do AMG 145 permitiu que 93,5% dos pacientes atingissem os níveis
de colesterol desejados. Foi também verificado que este anticorpo não
apresentava efeitos secundários significativos.
“As
reduções observadas são extraordinárias, especialmente se for considerado que
foram conseguidas com a toma de estatinas já em curso”, revelou, em comunicado
de imprensa, o líder do estudo, Robert Giugliano.
“Estes
resultados são realmente entusiasmantes e podem fornecer um novo paradigma para
o tratamento do colesterol LDL”, acrescentou ainda um outro autor do estudo,
Marc Sabatine.
Fonte: ALERT Life Sciences Computing,
S.A.