Um novo antibiótico descoberto por cientistas norte-americanos em amostras de solo, em 2015, demonstrou ter capacidade para exterminar superbactérias numa forma sintetizada.
Conhecido como teixobactina, o poderoso antibiótico foi sintetizado de forma bem-sucedida e poderá conduzir a uma nova classe de antibióticos pela primeira vez em 30 anos.
A equipe de investigadores responsável por este desenvolvimento notável pertence à Universidade de Lincoln, Inglaterra, e constitui um passo importante no desenvolvimento de um fármaco comercialmente viável para combater bactérias multirresistentes como a MRSA e a VRE.
Os investigadores criaram então uma forma simplificada e sintetizada da teixobactina e testou-a em infecções bacterianas em ratinhos.
Foi observado que a versão sintetizada da teixobactina curou a infecção, assim como minimizou a severidade da mesma. A equipe usou o antibiótico moxifloxacina como controle e não conseguiu obter os mesmos resultados.
“Traduzir o nosso sucesso com estas versões sintéticas simplificadas, do tubo de ensaio para casos reais é um salto quântico no desenvolvimento de novos antibióticos e torna-nos mais próximos da realização do potencial terapêutico das teixobactinas simplificadas”, comentou Ishwar Singh, especialista de design e desenvolvimento de novos fármacos na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lincoln.
“Quando a teixobactina foi descoberta, foi revolucionária só por si como novo antibiótico que mata as bactérias sem resistência detectável, incluindo superbactérias como a MRSA, mas a teixobactina natural não foi criada para uso humano”, continuou.
Os autores do estudo estimam que serão necessários entre seis a 10 anos para obterem um antibiótico para uso humano a partir da teixobactina.
Com informações de ALERT Life Sciences Computing, S.A.
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