terça-feira, 31 de outubro de 2017

Prevenção da neuropatia causada pela quimioterapia para breve?

O primeiro fármaco para prevenir o desenvolvimento da neuropatia, induzida pelos tratamentos quimioterápicos, poderá estar disponível em breve.

Num estudo conduzido por uma equipe de investigadores do Hospital Universitário de Bellvitge – Instituto Catalão de Oncologia, Espanha, liderada por Jordi Bruna, foi testada com sucesso uma nova molécula que tem a capacidade de prevenir o desenvolvimento da neuropatia periférica induzida pela quimioterapia.

Isto verificou-se especialmente no tratamento do cancro do cólon, que é o terceiro neoplasma mais comum a nível mundial.

A neuropatia periférica é um dos principais efeitos secundários adversos da quimioterapia, podendo causar a sensação de formigamento, dor, perda de sensibilidade, alterações na funcionalidade do paciente, e outros, exercendo um impacto negativo sobre a qualidade de vida do mesmo.

A nova molécula possui um mecanismo de ação completamente novo e poderá tornar-se no primeiro tratamento contra esta complicação neurológica, considerando que até à data não foi ainda aprovado qualquer tratamento que fosse eficaz. 

A unidade HUB-ICO-IDIBELL identificou a nova molécula, a qual, foi desenvolvida pelo laboratório catalão Esteve, e o potencial fármaco foi submetido à Fase 2B de um ensaio clínico.

Como resultado, nos pacientes com cancro que tinham tomado o novo fármaco, foi observada uma diminuição na incidência de problemas associados à disfunção nervosa. 

Os investigadores explicaram que tiveram que limitar o período de tempo de tratamento com a nova molécula, o que implicou que os participantes tomassem doses inferiores em relação à duração da quimioterapia. 

No entanto, os resultados foram igualmente positivos. Sendo assim, os autores consideram que será possível aumentar a duração do tratamento com o fármaco e obter resultados ainda melhores.

Os investigadores consideram que, devido ao fato de ser o primeiro na sua área de tratamento, o novo fármaco poderá chegar ao mercado em breve.

Com informações de ALERT Life Sciences Computing, S.A.

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