terça-feira, 23 de setembro de 2014

Novo medicamento biológico para psoríase apresenta resultados inéditos no clareamento das lesões

Melhora de qualidade de vida, clareamento mais rápido e prolongado das lesões de pele (placas avermelhadas descamativas) e redução dos sintomas da psoríase foram os principais resultados dos estudos ERASURE e FIXTURE, publicados no New England Journal of Medicine. Em ambos, o secuquinumabe mostrou-se mais eficiente do que o Enbrel® (etanercepte), tratamento mais utilizado no mundo atualmente.
A psoríase é uma doença inflamatória da pele, sem cura e não contagiosa. Ela é caracterizada pela formação de placas avermelhadas e descamativas, que aparecem, em geral, no couro cabeludo, cotovelos e joelhos. Seu impacto na qualidade de vida dos pacientes é similar ao de doenças como câncer, artrite, doenças cardíacas, diabetes e depressão, levando alguns pacientes a até abandonar o trabalho ou o convívio social.

De acordo com os estudos, mais da metade dos pacientes que utilizaram secuquinumabe tiveram clareamento total ou parcial das lesões causadas pela doença nas primeiras 12 semanas de tratamento (59,2% dos pacientes tiveram melhoras no estudo ERASURE, e 54,2% no estudo FIXTURE). Em comparação, apenas 20,7% dos pacientes tratados com Enbrel® alcançaram o mesmo resultado no estudo FIXTURE. Foram observadas diferenças clínicas relevantes já na segunda semana, e, em média, os pacientes tiveram os sintomas reduzidos pela metade já na terceira semana.

Os resultados foram ainda melhores na 16ª semana do estudo: mais de 70% dos pacientes apresentaram a redução das placas avermelhadas, escamação da pele, coceira e dores, principais sintomas da psoríase.

“Cerca de 50% dos pacientes com psoríase moderada e grave não respondem aos tratamentos atuais e necessitam de novas abordagens terapêuticas para melhorar a qualidade de vida e conviver com essa doença, que é extremamente debilitante”, comenta a Dr. Paula Machado, Gerente Médica da Dermatologia da Novartis. “Estes resultados mostram a alta eficácia e segurança de secuquinumabe e trazem uma nova esperança para os pacientes com psoríase moderada e grave”. O secuquinumabe também alcançou resultados superiores na melhora da qualidade de vida relacionada à saúde e demonstrou perfil de segurança consistente com os estudos na fase II.

Os estudos em fase III, com duração de 52 semanas, envolveram 3.300 pacientes com psoríase moderada e grave em mais de 35 países e apontam uma nova esperança para o controle da doença, que impacta diretamente na vida dos pacientes. Em 70% dos casos, a psoríase está associada também a outras enfermidades como ansiedade, obesidade e artrite psoriasica. Além disso, muitos pacientes deixam de fazer suas atividades rotineiras, como trabalhar, por causa dos sintomas da doença.

Sobre secuquinumabe

Secuquinumabe é o primeiro anticorpo monoclonal humano que se liga seletivamente a IL17A, proteína que atua no desenvolvimento da psoríase, neutralizando alguns de seus efeitos. Estudos fase II e III em pacientes com psoríase em placas moderada à grave e também em algumas doenças reumatológicas como artrite psoriática, espondilite anquilosante e artrite reumatoide, indicaram que secuquinumabe poderá fornecer um novo mecanismo de ação para o sucesso do tratamento doenças imunomediadas.
  
Disclaimer

As informações contidas neste texto têm caráter informativo, não devendo ser usadas para incentivar a automedicação ou substituir as orientações médicas. O médico deve sempre ser consultado a fim de prescrever o tratamento adequado.

Referências
1. Langley RG, Elewski BE, Lebwohl M, et al. Secuquinumabe in plaque psoriasis: results of two phase three trials. New Engl J Med. 2014 [published online ahead of print 9 July 2014].
2. Stern RS, Nijsten T, Feldman S, et al. Psoriasis Is Common, Carries a Substantial Burden Even When Not Extensive, and Is Associated with Widespread Treatment Dissatisfaction. J Invest Derm Symp P. 2004; 9: 136-9.
3. Christophers E, Griffiths CEM, Gaitanis G, et al. The unmet treatment need for moderate to severe psoriasis: results of a survey and chart review. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2006; 20: 921-25.
4. Raval K, Lofland JH, Waters HC, Tak Piech C. Disease and treatment burden of psoriasis: Examining the impact of biologics. J Drugs Dermatol 2011; 10(2):189-96.
5. APPISOT. Evaluation of plaque psoriasis severity in brazilian reference centers. Disponível em http://www.sbd.org.br/estudo-inedito-mostra-o-retrato-da-psoriase-b...
6. Gaffen SL. Structure and signaling in the IL-17 receptor family. Nat Rev Immunol. 2009; 9(8):556-67.
7. Kopf M, Bachmann MF, Marsland BJ. Averting inflammation by targeting the cytokine environment. Nat Rev Drug Discov. 2010; 9(9):703-718.

Fonte: Dikajob

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