domingo, 15 de setembro de 2013

Descoberto processo anticolesterol com substância natural

Uma nova técnica permite tornar moléculas de fitoesteróis oriundos de plantas dispersíveis em bebidas e alimentos que são consumidos pelos seres humanos,

Segundo Daniel Perlman, da Universidade Brandeis (EUA) a descoberta abre caminho para reduções drásticas nos níveis de colesterol humanos sem o uso de medicamentos, usando apenas complementos dietéticos.

Fitoesteróis contra o colesterol

Os fitoesteróis nas plantas e nas moléculas de colesterol são muito semelhantes e, quando ambos são dispersos em conjunto, eles são atraídos um para o outro.

Quando se misturam no intestino de um animal - o que inclui os humanos -, as moléculas de colesterol sofrem uma competição, não conseguindo passar para a corrente sanguínea e, assim, são excretadas.

A capacidade dos fitoesteróis para reduzir os níveis de colesterol tem sido reconhecida desde os anos 1950, mas a aplicação prática deste conhecimento é difícil porque os fitoesteróis não são naturalmente solúveis em água, sendo apenas marginalmente solúveis em substâncias gordurosas.

Os fitoesteróis colocados em substâncias à base de água não se dispersam, e isto tem impedido que se aproveite seu potencial de redução do colesterol - diluindo-os em bebidas e alimentos, por exemplo.

Fitoesteróis com glicerina

Agora, o Dr. Daniel Perlman descobriu uma maneira de mudar o comportamento dos fitoesteróis em meio líquido através da formação de um novo complexo no qual moléculas de glicerina anexam as moléculas de fitoesterol.

Quando os fitoesteróis e a glicerina são aquecidos em conjunto, a molécula de água que geralmente fica ligada a cada molécula de fitoesterol ferve e é substituída por uma molécula de glicerina.

Como as moléculas de glicerina têm vários pontos aos quais se pode anexar moléculas de água, e como a glicerina também inibe o crescimento de cristais que dificultam a dispersão, o complexo fitoesterol-glicerina, juntamente com um emulsificante, pode ser disperso em alimentos à base de água.

O pesquisador já patenteou a descoberta, e espera que sua invenção seja disponibilizada ao público em breve.

Fonte: Diário da Saúde

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