domingo, 18 de agosto de 2013

Diagnóstico precoce aumenta as chances de cura da leucemia

Segundo o documento “Estimativas de Incidência de Câncer no Brasil”, publicado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), as leucemias atingiram 8.510 pessoas, sendo 4.570 homens e 3.940 mulheres em 2012. A leucemia linfoide aguda, por exemplo, é o tipo mais comum em crianças, mas também ocorre em adultos. A leucemia mieloide aguda ocorre tanto em adultos, que respondem por 80% dos casos, como em crianças, portadoras da doença em cerca de 20% do total de diagnósticos. A leucemia linfoide crônica costuma ser diagnosticada a partir dos 65 anos. Já a leucemia mieloide crônica acomete mais adultos.

Segundo a hematologista Patrícia Fischer Cruz, a leucemia é uma doença maligna dos leucócitos ou glóbulos brancos, caracterizada pela proliferação anormal destas células na medula óssea. “Isso ocasiona produção insuficiente de células sanguíneas maduras normais. Pode ocorrer infiltração leucêmica de vários tecidos do organismo, como fígado, baço, linfonodos, sistema nervoso central entre outros. As leucemias são agrupadas com base no tempo de evolução, sendo aguda ou crônica, e pelos tipos de leucócitos que proliferam, como linfoides ou mieloides”, explica.

Ela destaca que todas as pessoas devem estar atentas aos seguintes sintomas: fadiga, cansaço, palpitações, distúrbio da coagulação com sangramentos, febre associada à alteração do hemograma que evidencia anemia, plaquetopenia, neutropenia e presença de blastos circulantes, quando leucemia aguda. O paciente pode apresentar, também, gânglios linfáticos inchados, perda de peso, dores nos ossos e nas articulações. Caso a doença afete o Sistema Nervoso Central, podem surgir dor de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação.

A médica esclarece que o diagnóstico é confirmado com a coleta da medula óssea para estudo citomorfológico, imunofenotípico e citogenético. “O tratamento tem o objetivo de destruir as células leucêmicas, para que a medula óssea volte a produzir células normais. É feito com a associação de medicamentos de poliquimioterapia em várias fases para obter a cura completa, isto é, quando os exames não evidenciam células leucêmicas. Em alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea. O tratamento dos pacientes inclui medidas terapêuticas para evitar as complicações secundárias ao uso de quimioterapia, infecções e sangramentos”, esclarece Patrícia Cruz.

Fonte: JM Online