terça-feira, 30 de julho de 2013

Não menospreze a dor: ela avisa que algo está errado no organismo

Você costuma sentir dores no corpo? Elas podem não significar nada, mas é sempre importante ficar alerta aos sinais que nosso organismo nos manda. As dores ameaçam a qualidade de vida, principalmente a daqueles que sofrem cronicamente e acabam recorrendo à automedicação para conviver com as pontadas, formigamentos, dormência, choques, sensibilidades excessivas, entre outros.

De maneira geral, as pessoas utilizam xaropes, comprimidos e pomadas por conta própria, ao invés de procurar um médico. “É uma escolha arriscada. A automedicação pode mascarar doenças mais graves, despertar diversos problemas de saúde e postergar as queixas de corpo dolorido. A ida ao médico é fundamental para se diagnosticar a causa da dor e se receitar os medicamentos corretos”, explica Newton Barros, chefe de serviços de dor e cuidados paliativos do Hospital Conceição, no Rio Grande do Sul.

A dor é um mecanismo de proteção e alerta, que avisa quando algo nocivo está acontecendo com nosso corpo. Por isso, é importante que essa dor seja checada, para saber sua origem e a melhor forma de tratamento. “Na dúvida, toda dor precisa ser acompanhada por um médico, ainda mais aquela que a pessoa nunca sentiu igual”, aconselha o especialista. O médico também orienta sobre quatro dores que as pessoas precisam observar com mais precaução. 

Confira:

Dor de cabeça 

“É uma das causas mais comuns de dores crônicas nas pessoas. E esses são justamente os casos em que a automedicação aumenta. A dor pode ser causada, por exemplo, por excesso de bebida alcoólica, muito tempo sem comer, estresse, reação a algum tipo de alimento, entre outros. São causas comuns e um analgésico resolve essa dor esporádica. Entretanto, existem sinais de alerta. Quando a dor de cabeça é forte e súbita, persistente e intensa, é necessário fazer um exame médico. Além disso, acima dos 50 anos, as dores de cabeça merecem ainda mais atenção, porque podem estar relacionadas à hipertensão.”

Dor no peito 

“É a dor que mais preocupa as pessoas, porque elas já a associam com problemas cardíacos. Mas ela pode está ligada a problemas pulmonares, respiratórios, esforço físicos ou musculares. Quando o coração padece, a dor é capaz de se espalhar na direção do estômago, do maxilar inferior, das costas e dos braços. Isso acontece quando o músculo cardíaco recebe menos sangue devido a um entupimento das artérias. É um tipo de dor que precisa ser acompanhada. Toda dor no peito precisa de um direcionamento médico, para verificar a causa e excluir a possibilidade de ser uma doença cardíaca, por exemplo.”

Dor abdominal 

“O importante é saber onde ela começa, então a pessoa precisa se observar. A dor abdominal pode ser uma inflamação da vesícula biliar que tem início no lado direito da barriga, mas tende a se irradiar para as costas e os ombros. Também podem ser as temidas cólicas menstruais, que as mulheres conhecem e sabem que é normal do período; ou uma endometriose, quando o revestimento interno do útero cresce e invade outros órgãos. Além disso, se a dor abdominal acontecer de forma súbita e persistir, apresentar vomito ou sangramento, há necessidade de se procurar rapidamente auxilio médico.”

Dor nas costas

“A má postura e o esforço físico podem machucar a coluna, na parte de cima no tórax ou na lombar. É uma dor diária, causada pelo desgaste físico e pelo sedentarismo. A dor na lombar costuma ser intensa e limitar a pessoa na realização de simples afazeres diários, como por exemplo, a hérnia de disco. Essa dor, além de minar a qualidade de vida, pode acusar um câncer de pâncreas. No caso desse tumor, surge uma dor lenta e progressiva. Por precaução, aprenda que a dor nas costas que não some em dois ou três dias, então sempre é sempre motivo para visitar o médico”.

Fonte: Comunicação Interna do Ministério da Saúde