Uma pesquisa, liderada por um grupo de investigadores norte-americanos, concluiu que a cafeína tem um efeito preventivo no combate à Doença de Parkinson. O estudo que contou com uma amostra de 317 indivíduos, 197 homens e 120 mulheres, apurou que o consumo de cafeína está proporcionalmente associado à redução do risco de Parkinson. A associação registrada é robusta, especialmente nos homens.
“Apesar de existirem muitas doenças sem tratamento eficaz, algumas podem ser evitadas se regermos o nosso dia-a-dia por hábitos de vida saudáveis, em todas as idades. Beber três a quatro cafés por dia é um deles. Cada vez mais é preciso apostar na prevenção e a cafeína, uma das substâncias mais estudadas em todo o mundo, tem vindo a provar ser capaz de desempenhar um papel preventivo, no que à saúde diz respeito. Neste caso, a cafeína assume um papel preventivo em relação ao aparecimento da Doença de Parkinson, uma patologia que afeta principalmente a população mais sênior”, afirma Prof. Rodrigo Cunha, Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
A Doença de Parkinson, uma patologia de evolução lenta e progressiva, é considerada uma das "doenças do movimento". Caracteriza-se pela perda de um mensageiro químico produzido no cérebro, essencial no controle de movimentos como: andar, falar, vestir ou escrever, apresentando uma maior prevalência na população com idade superior a 55 anos.
Segundo os dados dos últimos Censos, Portugal tem sofrido um grande aumento da população sênior: Dezenove por cento dos portugueses pertence ao grupo dos mais idosos, com 65 ou mais anos de idade. Deste grupo estima-se que 2% – cerca de 200 mil portugueses – sejam doentes de Parkinson.
Fonte: Ciência Hoje