Um novo estudo de revisão publicado no “Journal of the American Medical Association” defende que a utilização de pequenas quantidades de gramíneas purificadas, ácaros, pólen e fungos diluídos num líquido e colocado debaixo da língua poderá ser uma alternativa de tratamento segura e eficaz às injeções semanais destes alergênicos ou à utilização de outros medicamentos na redução dos sintomas alérgicos.
Neste estudo, os investigadores do instituto Johns Hopkins, nos EUA, fizeram uma pesquisa bibliográfica, comparando os tratamentos utilizados para o controle da pieira, espirros e corrimento nasal, os quais acompanham a asma e rinoconjuntivite alérgica.
Os investigadores, liderados por Sandra Lin, analisaram o resultado de 63 estudos, que envolveram cerca de 5.131 indivíduos, majoritariamente da Europa, onde a chamada imunoterapia sublingual, tem sido amplamente utilizada há duas décadas. Apesar de estas terapias ainda não terem sido aprovadas pela Food and Drug Administration (FDA), alguns médicos nos EUA utilizam estas gotas em alguns pacientes.
Neste novo estudo de revisão, foi verificado que a imunoterapia sublingual reduzia os sintomas de alergia induzidos pela asma. Em oito dos 13 estudos, os pacientes que utilizaram este tipo de terapia revelaram sentir uma redução de 40% dos sintomas alérgicos, comparativamente com a toma dos fármacos habituais. No que diz respeito às alergias nasais, apenas nove em 36 estudos verificaram uma redução de mais de 40% dos sintomas.
“O nosso estudo fornece certezas claras de como a imunoterapia sublingual na forma de gotas alérgicas é um tratamento potencialmente eficaz para os indivíduos que sofrem de asma e de rinoconjuntivite alérgica”, revelou a investigadora em comunicado de imprensa.
De acordo com Sandra Lin, estas gotas são mais convenientes uma vez que podem ser colocadas em casa, evitando o desconforto dos pacientes de terem que se deslocar regularmente para lhes ser administrada uma injeção. A investigadora adverte que a imunoterapia sublingual pode não ser indicada para todos os pacientes que sofrem de asma e rinoconjuntivite alérgica, devendo os riscos e benefícios ser ponderados antes da escolha do tratamento.
Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.