quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Febre Amarela e Dengue


Febre Amarela        

A febre amarela é uma doença febril aguda de curta duração (12 dias), causada por um vírus da família Flaviviridae. É epidemiologicamente dividida em febre amarela urbana e silvestre, ou seja, a forma silvestre é transmitida principalmente pelo mosquito do gênero Haemagogus janthinomys para macacos e o homem, poderá se infectar acidentalmente quando entra neste ecossistema. Enquanto que a forma urbana é transmitida principalmente pelo Aedes aegypti para o homem. 

A febre amarela é uma doença de gravidade variável, sendo que o quadro típico apresenta evolução bifásica, ou seja, período de infecção e período de intoxicação.

O início dos sintomas da febre amarela é abrupto, com febre alta, calafrios, cefaleia, dorsalgia, mialgia, prostração, náuseas e vômitos, durando cerca de três dias. Posteriormente, o caso poderá evoluir para a cura ou para a forma mais grave (período de intoxicação) que se caracteriza pelo aumento da febre, diarreia, reaparecimento de vômitos, instalação de insuficiência hepática e renal.
A icterícia que é discreta no início da doença se intensifica, ocorrem manifestações hemorrágicas, prostração intensa, podendo levar ao estado de coma.

Diagnóstico laboratorial da febre amarela   


O diagnóstico da febre amarela é clínico, epidemiológico e laboratorial. A comprovação da infecção pode ser realizada através do isolamento do vírus a partir de amostras de sangue, derivados ou tecidos coletados nos primeiros cinco dias após o início da febre.   

Além disso, o genoma viral poderá ser demonstrado utilizando PCR, enquanto que antígenos do vírus da febre amarela no sangue ou no tecido do paciente poderão ser demonstrados utilizando a metodologia de imunofluorescência.    

O diagnóstico sorológico, assim como o dengue, é realizado principalmente através do ELISA para captura de IgM contra antígenos do vírus da febre amarela, sendo que, na maioria dos casos, apresenta a vantagem de necessitar apenas de uma amostra de soro para a sua realização.       

Diagnóstico de Doenças infecciosas e parasitárias: Dengue   


A dengue é uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus da família Flaviviridae de evolução benigna na maioria dos casos.   

A sua forma de transmissão ocorre através da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado com o arbovírus da família Flaviviridae ao homem, sendo que não ocorre transmissão de pessoa para pessoa.         

A dengue é classificada em quatro tipos diferentes de vírus, ou seja, os sorotipos 1, 2, 3 e 4, sendo que, no Brasil, predominam os sorotipos 1 e 2.

A dengue pode se apresentar clinicamente das seguintes formas: infecção inaparente, dengue clássica (DC), febre hemorrágica de dengue (FHD) e síndrome do choque do dengue (SCD), que pode evoluir para ao óbito.          

Geralmente, o DC se inicia com uma febre alta abrupta, seguida de cefaleia, prostração, mialgia, anorexia, náuseas, vômitos, manchas avermelhadas, dores nas articulações, entre outras características não só atribuíveis ao dengue.

No início, embora a FHD e a SCD apresentarem sintomas semelhantes ao da DC podem evoluir para hemorragias e ocasionalmente, falência múltipla dos órgãos e ao óbito. Desta forma, nestes casos, o quadro clínico se agrava rapidamente.

Diagnóstico laboratorial do dengue   

O diagnóstico da dengue compreende de exames clínicos, laboratoriais e investigação epidemiológica. Deste modo, o diagnóstico definitivo da dengue é realizado através de métodos de isolamento do vírus, de algum dos antígenos virais ou da detecção de seu RNA no soro ou tecido dos pacientes.           

O isolamento viral é realizado a partir das amostras do sangue, derivados ou tecidos coletados nos primeiros cinco dias após o início da febre, sendo importante para a identificação do sorotipo viral circulante. Já a detecção de seus antígenos virais é realizada através de Imunofluorescência e RNA, por RT-PCR.

A detecção de anticorpos também é empregada para fins de diagnóstico, sendo o método de ELISA para captura de IgM é o mais usado. Neste teste, o objetivo é detectar anticorpos IgM específicos aos quatro sorotipos do vírus da dengue, pois esses isótipos se desenvolvem rapidamente, podendo ser detectados após o 5º dia de desenvolvimento da doença e portanto precocemente.

Além disso, na maioria dos casos, apresenta a vantagem de necessitar somente de uma amostra do soro para a realização do ELISA.

Fonte: Portal Educação