Investigadores americanos deram mais um passo no desenvolvimento de um fármaco que poderá ajudar os doentes celíacos a não ficarem privados do consumo de alimentos com glúten, revela um estudo publicado no “Journal of the American Chemical Society”.
Um dos autores do estudo, Justin Siegel, explicou que a doença celíaca é uma doença autoimune na qual o glúten presente no trigo, centeio ou cevada, causa inflamação do trato digestivo. As enzimas presentes no estômago decompõem o glúten em porções mais pequenas, os peptídeos. Para a maioria das pessoas estes peptídeos são inofensivos, mas para os doentes celíacos, estes peptídeos despoletam sintomas dolorosos. Atualmente, esta doença pode ser combatida apenas através do consumo de uma dieta sem glúten.
Na opinião dos investigadores, se houvesse uma enzima capaz de decompor estes peptídeos no estômago, os doentes celíacos já poderiam ser capazes de ter uma alimentação normal.
Neste estudo os investigadores da University of California, nos EUA, descobriam uma enzima natural que tem algumas das propriedades ideais para levar a cabo esta função. Posteriormente, os investigadores alteraram esta enzima de modo a que esta cumprisse todos os critérios necessários.
O estudo apurou que esta nova enzima, denominada por KumaMax, decompôs 95% dos peptídeos do glúten envolvidos na doença celíaca, em condições semelhantes às encontradas no estômago.
Os autores do estudo, concluíram que “esta nova enzima é uma promissora candidata como terapia oral para o tratamento da doença celíaca”.
Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.