Autoajuda contra a depressão
Prescrever livros de autoajuda nos atendimentos de
saúde pública é um tratamento eficaz contra a depressão.
Pacientes que receberam recomendações de livros de autoajuda,
assim como orientações sobre como utilizá-los, tiveram níveis mais baixos de
depressão um ano depois.
A conclusão é de um estudo realizado junto ao
sistema de saúde da Grã-Bretanha, o NHS (National Health Service).
O estudo permitiu isolar os benefícios dos
livros de autoajuda, sem misturá-los com os ganhos advindos de outros
tratamentos, sobretudo os antidepressivos.
Orientações para se autoajudar
O estudo incluiu mais de 200 pacientes, metade dos
quais tomava antidepressivos.
Aleatoriamente, alguns receberam recomendações de
livros de autoajuda que abordam diferentes aspectos da depressão, incluindo a
superação de problemas de sono e ser mais assertivo.
Aqueles que receberam os livros também participaram
de três sessões com um terapeuta para ajudá-los a planejar as mudanças a fazer
e como aproveitar melhor os livros.
Quatro meses depois, o grupo que recebeu os livros
de autoajuda teve níveis significativamente menores de depressão do que aqueles
que usaram apenas os psicóticos.
Um ano depois, após nova checagem, a tendência se
manteve, com o ranking de melhoria liderado por aqueles que usaram os livros.
Impacto clínico significativo
"Nós verificamos um impacto clínico realmente
significativo, e os resultados são muito encorajadores," disse o Dr.
Christopher Williams, da Universidade de Glasgow, idealizador do estudo.
"A depressão drena a motivação das
pessoas e faz com que elas dificilmente acreditem que a mudança é
possível," completou.
Segundo o pesquisador, os livros de autoajuda já
são utilizados em várias áreas no sistema de saúde público britânico, mas ainda
faltavam estudos sobre como implementar seu uso no acesso primário à saúde.
Fonte:
BBC