sábado, 26 de janeiro de 2013

Livros de autoajuda superam antidepressivos no tratamento da depressão


Autoajuda contra a depressão

Prescrever livros de autoajuda nos atendimentos de saúde pública é um tratamento eficaz contra a depressão.
Pacientes que receberam recomendações de livros de autoajuda, assim como orientações sobre como utilizá-los, tiveram níveis mais baixos de depressão um ano depois.
A conclusão é de um estudo realizado junto ao sistema de saúde da Grã-Bretanha, o NHS (National Health Service).
O estudo permitiu isolar os benefícios dos livros de autoajuda, sem misturá-los com os ganhos advindos de outros tratamentos, sobretudo os antidepressivos.

Orientações para se autoajudar

O estudo incluiu mais de 200 pacientes, metade dos quais tomava antidepressivos.
Aleatoriamente, alguns receberam recomendações de livros de autoajuda que abordam diferentes aspectos da depressão, incluindo a superação de problemas de sono e ser mais assertivo.
Aqueles que receberam os livros também participaram de três sessões com um terapeuta para ajudá-los a planejar as mudanças a fazer e como aproveitar melhor os livros.
Quatro meses depois, o grupo que recebeu os livros de autoajuda teve níveis significativamente menores de depressão do que aqueles que usaram apenas os psicóticos.
Um ano depois, após nova checagem, a tendência se manteve, com o ranking de melhoria liderado por aqueles que usaram os livros.

Impacto clínico significativo

"Nós verificamos um impacto clínico realmente significativo, e os resultados são muito encorajadores," disse o Dr. Christopher Williams, da Universidade de Glasgow, idealizador do estudo.
"A depressão drena a motivação das pessoas e faz com que elas dificilmente acreditem que a mudança é possível," completou.
Segundo o pesquisador, os livros de autoajuda já são utilizados em várias áreas no sistema de saúde público britânico, mas ainda faltavam estudos sobre como implementar seu uso no acesso primário à saúde.

Fonte: BBC