Investigadores
do Reino Unido descobriram que a produção de uma proteína que impede o
crescimento e disseminação das células tumorais está ausente nos pacientes com
cancro do estômago.
O
cancro do estômago é a segunda causa de morte mais comum devido à malignidade.
Contudo, este estudo realizado pelos investigadores da University of Liverpool,
no Reino Unido, poderá contribuir para o desenvolvimento de futuras terapias
para este tipo de cancro através da restauração das funções de uma proteína
conhecida por TGFβig-h3.
Os
investigadores explicam que esta proteína é produzida pelos miofibroblastos,
células estas que fazem parte do tecido de suporte que envolve as células
cancerígenas. O ambiente dos miofibroblastos, vasos sanguíneos e outros tipos
de células, permitem que o cancro sobreviva e pode representar cerca de 70 a
90% do total da massa tumoral.
Os
miofibroblastos são células altamente móveis que produzem várias substâncias
que modificam o comportamento das células cancerígenas através da alteração do
seu ambiente, o que consequentemente conduz ao crescimento e disseminação do
cancro. Neste estudo os investigadores verificaram que nos tumores dos
pacientes com cancro do estômago avançado, os miofibroblastos produzem uma
menor quantidade de TGFβig-h3, a qual em condições normais iria inibir o
crescimento e disseminação da doença.
Uma
das autoras do estudo, Andrea Varro, explicou que “esta proteína comporta-se
habitualmente como uma âncora que liga as células às proteínas encontradas nas
células cancerígenas restringido a sua proliferação às imediações onde elas
cresceram. Isto permite direcionar os tratamentos para essas aéreas
específicas. Contudo, em estádios mais avançados da doença, o efeito desta
proteína está diminuído, aumentando assim o risco do cancro de disseminar para
outras regiões do organismo.
O
investigador espera que estes resultados ajudem no desenvolvimento de
tratamentos que tenha por alvo a restauração das funções desta proteína,
contribuindo assim para a recuperação dos pacientes afetados por esta doença
fatal.
Estudo da University of Liverpool