Modelo de tecido vivo fornece aos
médicos mais e melhores informações do que o atual método de culturas em placas
de Petri

O novo modelo
3D fornece aos médicos e pesquisadores mais e melhores informações do que o
atual método de culturas de tecidos em placas de Petri.
Para o
trabalho, os pesquisadores criaram um glioma, ou tumor no cérebro, e toda a
rede de vasos sanguíneos que o rodeia e testaram a ação do químico tumstatin
sobre o câncer.
Em uma série
de experimentos, eles mostraram que as nanopartículas de óxido de ferro
transportando o tumstatin penetra nos vasos sanguíneos que sustentam o tumor
com oxigênio e nutrientes. As nanopartículas de óxido de ferro são importantes,
porque elas são facilmente absorvidas pelas células endoteliais e podem ser
monitoradas por meio da ressonância magnética.
Experiências
anteriores demonstraram que tumstatin foi eficaz no bloqueio do crescimento de
células endoteliais em gliomas. Os testes realizados por pesquisadores da Brown
confirmaram, em 3D, a capacidade das nanopartículas de óxido de ferro de
alcançar os vasos sanguíneos em torno de um glioma bem como a capacidade de
tumstatin de penetrar nas células endoteliais.
"O modelo
3D oferece um processo fácil para testar a eficácia de medicamentos no tratamento
de tumores cerebrais. Este ensaio economiza tempo e dinheiro, além de reduzir
os testes em organismos vivos", observa o autor da pesquisa Don Ho.
Ho e seus
colegas criaram um molde de hidrogel de agarose em que células RG2 de gliomas
de ratos com cerca de 200 mícrons de diâmetro foram formadas. A equipe usou
células endoteliais derivadas dos vasos respiratórios da vaca, que se reuniram
ao redor do tumor e criaram a arquitetura dos vasos sanguíneos.
A vantagem de
um modelo de 3-D, em vez de placas de Petri é que as células endoteliais se
anexam ao tumor, em vez de ficarem separadas do substrato. Isto significa que
os pesquisadores podem estudar a sua formação e crescimento, bem como a ação de
agentes terapêuticos, como fariam em um organismo vivo.
O modelo 3D de
glioma permitiu que o tumor e as células endoteliais se montassem naturalmente,
tal como se estivessem na vida real.
O grupo então
ligou o químico tumstatin, parte de uma proteína naturalmente encontrada no
colágeno, a nanopartículas de óxido de ferro.
Fiel à 'vida
real', as nanopartículas foram engolidas pelas células endoteliais. Em uma
série de experimentos in vitro, a equipe relatou que as nanopartículas com
tumstatin e óxido de ferro diminuíram o crescimento de vasos 2,7 vezes mais do
que em condições normais ao longo de oito dias. Segundo os pesquisadores, não
há novo crescimento de células endoteliais.
O próximo
passo é testar o desempenho das nanopartículas com tumstatin no ambiente 3D ao
redor do tumor.
Fonte: Isaude.net