
Por ser um medicamento oral, o paciente que passou
pelas cirurgias ortopédicas não precisará realizar o tratamento com injeções periódicas,
que podem causar desconforto e a não aderência a terapia. Eliquis age de forma
rápida no organismo (3 a 4 horas após a ingestão do comprimido) e pode ser
iniciado entre 12 a 24 horas depois da cirurgia. Sua dose possibilita um
intervalo de tempo adequado para que o médico observe e estabilize os pacientes
pós-cirúrgicos.
Segundo dados da Universidade Estadual Paulista
(UNESP), a incidência de TEV no Brasil é de 0,6 casos para cada mil habitantes
e compreende duas manifestações: a trombose venosa profunda (TVP), que ocorre
quando há a formação de coágulos nas veias profundas dos membros inferiores ou
pelve; e a embolia pulmonar (EP), que surge quando os coágulos se desprendem
dos membros inferiores, caem na circulação e migram para os pulmões, podendo
levar ao bloqueio parcial ou total das artérias, chegando até a casos de morte.
Programa
de Estudos Clínicos
Eliquis está sendo investigado no programa Expanse,
um total de nove estudos clínicos fase 3 finalizados ou em andamento, que prevê
a participação de aproximadamente 60 mil pacientes no mundo todo. Além de
prevenir o TEV em cirurgias de artroplastia de joelho e quadril, Eliquis está
sendo estudado para a prevenção do TEV em pacientes hospitalizados, na
prevenção de acidente vascular cerebral (AVC) em pacientes com fibrilação
atrial (uma arritmia do coração) e no tratamento do TEV.
Com relação a fibrilação atrial (FA), segundo o
estudo Aristotle, realizado pelos laboratórios e divulgado no último Congresso
Europeu de Cardiologia (ESC), em agosto de 2011, Eliquis foi comparado com o
tratamento convencional com varfarina e demonstrou que os pacientes quando
tratados com o medicamento têm 21% menos chance de sofrer AVC do que aqueles
que receberam o tratamento padrão. Outro dado apontado pelo estudo foi a
redução relativa de 31% do risco de hemorragia, especialmente no cérebro, e em
11% no risco de morte por qualquer motivo, sempre em comparação com a
varfarina. A pesquisa Aristotle envolveu 18.201 pacientes com FA em 1.034
centros de 39 países.
Fonte: Protec - Rio de Janeiro