quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Criado um fármaco que imita o colesterol bom

Colesterol bom sintético

Cientistas criaram um composto sintético que imita o "colesterol bom".

Os primeiros testes demonstraram que o fármaco reduz o acúmulo de placas nas artérias de cobaias.

O composto, que é tomado por via oral, melhorou os indicadores do colesterol em apenas duas semanas.

Os resultados são animadores rumo a um novo método para o tratamento da aterosclerose, uma condição em que o acúmulo de placas nas artérias pode causar ataques cardíacos e derrames.

"Esta pesquisa dá um grande passo em direção à implementação clínica de novas terapias," disse o professor Reza Ghadiri, do Instituto de Pesquisas Scripps (EUA).

Lipoproteínas

Para combater a aterosclerose, os pesquisadores estão à procura de novas formas de atingir e eliminar do corpo a lipoproteína de baixa densidade (LDL, vulgarmente conhecido como "mau colesterol").

Embora o corpo precise de algum LDL para se manter saudável, níveis elevados causam o acúmulo de placas nas paredes das artérias. Por outro lado, a lipoproteína de alta densidade (HDL, ou "colesterol "bom") é conhecido por seus efeitos protetores contra esse acúmulo danoso.

A equipe criou o que eles chamam de um nanopeptídeo, uma molécula com três "braços", uma estrutura que consegue abraçar as moléculas de colesterol e outras gorduras no sangue.

Uma vez que o peptídeo sintético envolve o colesterol LDL, ele o remove imitando o comportamento da apoA-1, uma proteína do HDL, e a seguir leva-o para o fígado, de onde é eliminado.

Sem injeção

Existem vários tratamentos para o colesterol atualmente em desenvolvimento, mas todos dependem de uma injeção - este é o primeiro candidato a poder ser tomado por via oral, na forma de um comprimido.

Com a opção de um peptídeo por via oral eficaz, o Dr. Ghadiri acredita que os pesquisadores estão mais perto de desenvolver uma nova terapia acessível para os elevados níveis de colesterol, embora ele não dê uma previsão de quanto tempo será necessário para que o fármaco transforme-se em um medicamento disponível nas farmácias.

Fonte: Diário da Saúde

Nenhum comentário:

Postar um comentário