quarta-feira, 2 de abril de 2014

Aneurisma da Aorta Abdominal: duas opções de tratamento para a doença

O Aneurisma da Aorta Abdominal (AAA) é uma dilatação localizada e permanente da aorta, a maior artéria do organismo. É o mais frequente dos aneurismas arteriais, sendo muitas vezes causa de morte súbita. Estima-se que, na Europa, entre seis e oito por cento da população masculina com mais de 65 anos sejam portadores de um AAA.

Ser homem com mais de 65 anos, historia de tabagismo, colesterol elevado e hipertensão são alguns dos fatores de risco associados ao AAA, uma doença grave, progressiva e assintomática que tem sido uma das causas de morte mais significativa nas sociedades ocidentais.

Caso o médico considere a existência de risco de ruptura do aneurisma, o tratamento é sempre cirúrgico. Existem duas opções de tratamento disponíveis, dependendo do diagnóstico do médico: cirurgia aberta ou colocação de uma prótese endovascular (stent).

No caso da cirurgia aberta, o cirurgião acede ao aneurisma através de uma incisão no abdômen. A parte aneurismática da artéria é substituída por uma prótese sintética. O procedimento cirúrgico é realizado sob anestesia geral e demora entre três a quatro horas. Normalmente, os doentes precisam de Cuidados Intensivos no pós-operatório imediato e têm de permanecer no hospital durante pelo menos uma semana e o período de total recuperação é entre um a três meses.

A colocação de uma prótese endovascular é um procedimento minimamente invasivo, em que o stent – uma prótese tubular ramificada suportada por um esqueleto metálico – é colocado dentro do vaso doente (aneurismático) através de uma pequena incisão na área superior da coxa. A prótese endovascular (stent) exclui o aneurisma e reforça a parede enfraquecida da aorta, reduzindo o risco de ruptura através do alívio da pressão e providenciando um novo trajeto para o fluxo sanguíneo.

O procedimento demora, normalmente, cerca de uma a duas horas. A permanência no hospital reduz-se a um período de dois a quatro dias e a permanência na unidade de cuidados intensivos geralmente não é necessária.

Ambos os tratamentos apresentam benefícios e riscos, e deverá ser o doente, juntamente com o médico, a discutir qual a melhor opção terapêutica.

Para mais informações, consulte o website da campanha disponível em www.aortaevida.com

Fonte: www.cienciahoje.pt

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